Na estrada ainda cinzenta e preocupante da economia brasileira, com a maioria dos estados acumulando déficits financeiros e sociais, Mato Grosso do Sul segue andando firme na contramão, confirmando-se como um dos centros de oportunidades mais efetivos do País. Esta é a realidade que acaba de ser confirmada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, segundo o qual no primeiro trimestre do ano o Estado atingiu um saldo acumulado de 10.570 novas carteiras assinadas.
No Brasil, o saldo acumulado nesse período é negativo: 43.196 demissões foram registradas. Em março, houve um incremento de 526 empregos formais impulsionado pela indústria de transformação (625 novas vagas) e serviços (695 novas vagas), de acordo com o Caged. Nos subsetores da indústria de transformação, a de alimentos e bebidas foi um dos destaques, abrindo 595 postos de trabalho. A indústria farmacêutica contribuiu com 177 novas vagas. No setor de serviços, o segmento dos transportes criou 249 empregos. O setor de serviços médicos, odontológicos e veterinários teve 209 novas carteiras de trabalho registradas.
POLÍTICAS
Para Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), a explicação para desempenho tão expressivo na atual conjuntura está no direcionamento estratégico das políticas públicas implantadas e executadas pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “O Governo segue com a política de atração de novos empreendimentos, diversificando a economia e gerando mais empregos”, enfatizou.
Verruck descreve vários investimentos em diferentes setores que vêm criando uma nova realidade econômica e social. Cita a concretização das obras para estruturar a rota bioceânica, que pavimentará para o Brasil caminhos mais curtos e mais rentáveis de acesso ao Pacífico, e também a confirmação do processo de verticalização da planta industrial da GreenPlac, que vai gerar 100 novos empregos em Água Clara a partir de julho deste ano. “E vimos ainda o excelente resultado da safra sucroenergética, expandindo a produção e garantindo a continuidade de milhares de empregos”, completou.
FÓRUM
Na quarta-feira passada (24), em Brasília, Reinaldo Azambuja movimentou-se em várias agendas com técnicos do Executivo, Legislativo e Judiciário. Ele apresentou as reivindicações definidas por 24 gestores estaduais durante o Fórum de Governadores. Os pleitos foram condensados em seis itens, considerados primordiais para que os governos estaduais tenham condições de atender as demandas financeiras deste ano. O Fórum foi ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), insistindo na necessidade de alterações na PEC 06/2019, da Reforma da Previdência, com objetivo de criar um fundo para equilíbrio da planilha previdenciária.
Azambuja defendeu também uma pauta específica com mais cinco pontos. “É uma pauta condensada que precisa andar junto com a Reforma da Previdência, senão o país não retoma o crescimento”, explicou. Entre os itens estão incluídos o Plano Mansueto e o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), que possibilitará ao Governo Federal socorrer financeiramente Estados endividados.
Outro ponto da pauta é uma definição sobre o ressarcimento das perdas com a isenção de ICMS na exportação de produtos (Lei Kandir), já que até agora a União não acenou com proposta concreta. A distribuição dos recursos obtidos com a cessão onerosa do pré-sal é outro tema para o qual o governador advogou prioridade.